O Réveillon infantil 2019 do La Torre Resort será inspirado em Pinóquio, um boneco de madeira que queria ser um menino, personagem de Carlo Collodi. Segue um breve resumo da História de Pinóquio:
“Era uma vez o carpinteiro Gepetto que, estando uma noite na sua oficina, decidiu talhar um boneco de madeira. Esforçou-se tanto no seu trabalho que o resultado foi extraordinário e a verdade é que não faltava nada ao seu boneco: as suas pernas, os seus braços, o corpo e um simpático nariz pontiagudo tornavam-no quase real.
– Já estás pronto. Mas ainda tenho de te pôr um nome… Já sei! Como és feito de pinho podes chamar-te Pinóquio. – disse o velho carpinteiro. – Só é pena que sejas apenas um boneco e não possas ser o meu filho, adorava que fosses um menino de verdade.
Apesar de não o esperar de todo, o desejo do Gepetto tornou-se realidade. Durante a noite, enquanto o Gepetto dormia, uma fada chegou à sua oficina. Com a sua varinha mágica decidiu conceder o desejo a Gepetto.
– Acorda, Pinóquio! A partir de agora podes falar e mexer-te como os outros. Mas vais ter de ser muito bom se te quiseres transformar num menino de verdade – e, depois de dizer isto, desapareceu.
O Pinóquio começou a andar pela oficina e escondido atrás de uns brinquedos descobriu um grilo que passou a ser seu amigo, começando logo a brincar e a rir. Fizeram uma tal barafunda que acordaram o Gepetto. O carpinteiro, ao ver que o seu sonho se tinha tornado realidade, abraçou o Pinóquio com todas as suas forças.
– Que alegria, Pinóquio! Vou fazer de ti um menino bom e aplicado. Mas para isso vais ter de ir à escola… Vais amanhã mesmo, como todas as outras crianças.
Gepetto saiu para comprar um livro para o Pinóquio e, para o fazer, teve de vender o seu casaco, mas não se importou, pois queria o melhor do mundo para o que agora era o seu filho. No dia seguinte o Pinóquio ia a caminho da escola quando se cruzou com um rapaz.
– Vais ao colégio? Mas é tão chato! Vem comigo ver o teatro de marionetas.
Pinóquio nem pensou duas vezes e disse logo que sim ao seu amigo.
– Mas Pinóquio, o que é que estás a fazer? – disse-lhe o grilo falante, que ouviu tudo escondido no bolso do casaco do Pinóquio – A tua obrigação é ir à escola! E também é o desejo do teu pai!
Mas o Pinóquio não fez caso dos conselhos do seu amigo e foi com o rapaz ao teatro. Pinóquio gostou tanto da peça que acabou por subir ao palco com o resto das marionetas. As pessoas aplaudiam e riam animadamente e o dono do teatro pensou logo que o Pinóquio podia fazer com que ele ganhasse muito dinheiro. Assim que o agarrou pelo braço, prendeu-o numa jaula e fechou-o com uma chave.
O desgraçado começou a chorar, tanto que a fada o ouviu e foi ajudá-lo a libertar-se. De volta a casa, o Pinóquio encontrou Gepetto muito preocupado.
– Onde é que estavas, Pinóquio?
– Na escola, pai… mas depois a professora pediu-me para lhe ir fazer um recado…
E nesse instante o nariz do Pinóquio começou a crescer e a crescer sem que o coitado pudesse fazer nada.
– Deves dizer a verdade! – Repreendeu-lhe o seu amigo grilo falante.
Pinóquio confessou muito triste a verdade ao seu pai e prometeu a não voltar a mentir nem a faltar à escola. No dia seguinte, quando ia para a escola com o seu amigo grilo, voltou a encontrar o rapaz. Disse-lhe que estava à espera para ir ao país dos brinquedos e convidou-o a ir com ele. Pinóquio aceitou rapidamente e, assim, voltou a desobedecer ao seu pai. O seu amigo grilo avisou-o de novo.
No país dos brinquedos era tudo fantástico e o Pinóquio não conseguia pensar num sítio melhor para estar. O Pinóquio passou assim dias e dias até que um dia passou num espelho e apanhou um grande susto. Tinham-lhe aparecido umas orelhas de burro. Pinóquio e o grilo andaram durante dias até chegar a casa e as orelhas de burro acabaram por desaparecer, mas quando chegaram a casa do Gepetto encontraram-na vazia.
– Não está! O meu pai não está em casa! – dizia o Pinóquio em lágrimas.
Uma pomba que passava por ali ouviu o Pinóquio a chorar.
– Desculpa, mas o teu pai por acaso chama-se Gepetto? Porque o vi no mar. Ia num barco e uma baleia enorme engoliu-o.
– Uma baleia? Rápido, grilo, temos que ir à procura dele! Obrigado pomba.
Pinóquio e o grilo chegaram à praia e subiram para um barco de madeira. Andaram dias à deriva no imenso oceano. De repente, encontraram a baleia de que estavam à procura, que também os engoliu. Tudo desapareceu numa escuridão absoluta. O Pinóquio começou a chamar o seu pai aos gritos mas ninguém lhe respondia. No estômago da baleia apenas havia silêncio. Ao cabo de um bom tempo o Pinóquio viu uma luzinha ao fundo e pareceu-lhe ouvir uma voz familiar.
– Pinóquio? És tu Pinóquio? – gritava a voz.
– É o meu pai! Papá, aqui, sou eu! Estou aqui!
Finalmente pai e filho puderam abraçar-se depois de tanto tempo. A seguir começaram a pensar na forma de sair dali. Decidiram fazer uma fogueira queimando os barcos, o que fez com que a baleia espirrasse e conseguiram sair dali. No entanto, faltavam as forças a Gepetto para chegar à praia. O Pinóquio levou-o nas suas costas mas também ele começou a ficar cada vez mais cansado. Quando chegaram à beira da água o seu corpo de madeira rendeu-se e ficou estendido de barriga para baixo na água.
– Pinóquio! Não, por favor! Não me deixes aqui! – gritava o Gepetto agarrando o Pinóquio nos seus braços.
Foi então que apareceu de novo a fada.
– Gepetto, não chores. O Pinóquio mostrou que, embora tenha sido desobediente, tem bom coração e gosta muito de ti, por isso merece transformar-se num menino de verdade.
A fada abanou a sua varinha e os olhos de Pinóquio abriram-se outra vez. Tinha-se transformado num menino de verdade. Pinóquio, Gepetto e o grilo voltaram para casa e viveram felizes durante muitos anos.
(fonte: cuentoscurtos.com)